1. |
Prefácio
02:49
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Instrumental
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2. |
Retalhos
04:39
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Quero ser alguém que
Não vai viver pra sempre
Esqueça meus erros
Vou morrer em paz, longe daqui
Estranho, tão estranho é
Estar aqui sem nem caber
Nessa caixa de retalhos
Não sou mais parte de você
Eu temo o silêncio
Que grita ensurdecedor!
Meus olhos não veem
Não podem mais me alertar
Minha alma me deixou
Não tem motivos pra ficar
Me sinto inconstante
Querendo ir para outro lugar
Fugindo de mim
Até deixar de respirar
Me deixe aqui
Não quero mais me encontrar
Que o vento me leve
Me leve, me leve...
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3. |
Incólumes
05:25
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Nas ruas paredes de gás
A dor respira, não tem endereço
Enquanto aqui estamos, incólumes
Uma criança morre sem nome
E ricos se tornam imortais
Os mísseis viajam em direção a inocência
E as vidas sem importância
Estão aqui morrendo de fome
E a dor que transborda
Não cabe nas embarcações
São corpos vazios
Incólumes...
Imersos em doses mortais
O desespero fala, não tem endereço
Enquanto aqui estamos, incólumes
Uma criança morre sem nome
E os ventos nos mandam sinais
O calor nos deixa a beira da inconsciência
E as vidas sem importância
Estão aqui morrendo de fome
E a dor que transborda
Não cabe nas embarcações
São corpos vazios!
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4. |
Abandono
04:46
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Lentamente desapareço
Senti meu coração parando
Vejo rostos inumanos na escuridão do quarto vazio
Estou caindo, me afogando
Me apaixonei pelo vazio
A vida nunca fez sentido
Não sei por quê eu sou assim
Perdida no meu fim
Letárgico fim
Dentro de mim
Não há lembrança em mim
Nada em mim
Choro pelo fim
Nem mesmo o tempo devastador
Nem a perda, ou a dor
Conseguem esconder o vazio imenso da minha alma
Nem mesmo o medo, ou o amor
Nem a morte, ou o calor
Vão preencher alguém tão incompleto na imensidão do abandono
Não irei dormir
Tentei, não consegui
Não deixei de chorar
Noite adentro sempre a lembrar
Não me resta nada, meu ébrio pensamento
Não me é alento, tornou-se meu maior tormento
Nem mesmo o tempo devastador
Nem a perda, ou a dor
Conseguem esconder o vazio imenso da minha alma
Nem mesmo o medo, ou o amor
Nem a morte, ou o calor
Vão preencher alguém tão incompleto na imensidão do abandono
Tudo que eu amei, destruí
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5. |
Desespero
04:17
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Perdida na minha mente
Vivo escondida
Aqui dentro do meu peito, sei
O choro que insiste em lágrima escorre
E o tempo não passa pra mim
O tempo não muda o que na mente transborda
E sua face não quero ver mais
E ele diz "espera", queimando por dentro
Há gente que espera de mim
E não sei viver
Assim
No meu desespero sem fim
E não posso ser assim
Como a vida cobra de mim
Espero, enfim
Pelo fim...
Tarde demais, espero à deriva
Pelo monstro que diz me salvar
Lacera meus olhos, me deixa no escuro
E minha vida torna a tirar
E não, não há
Um caminho para escapar
E não vou me livrar
Essa face irá me matar
A dor do vazio me corrompe os nervos
Me consome em vida, num instante não vejo
Fui perseguida, permaneço em fuga
Doce melancolia, lentamente mutila sem dó
Enfim
Todo sonho que saiu de mim
Sem dó, enfim
Todo sonho que saiu de mim
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6. |
Medo
04:12
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Profundamente melancólicos são os meus dias
E em plena estranheza
Tu devias ver meus pensamentos alcoólicos, fantasias
Não esperaria nem mais um dia pelo beijo da aurora
Nem pela ânsia da memória
Por vícios tenebrosos, indestrutíveis
Tão grande é minha solidão
Sempre estive intocável
No âmago da minha alma
Morrendo de medo, em agonia
Morrendo de medo
Jamais entenderei por quê
O sangue escorre dos meus ouvidos
As minhas entranhas explodiram
Estou profundamente corroído
O que restará de mim
Serão meus ossos destruídos
E então será o fim
Da dor dos meus olhos perseguidos
Mas ainda estou aqui
Me debatendo brutalmente na cama fria
No âmago da minha alma
Morrendo de medo, em agonia
Morrendo de medo
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7. |
Desmorto
03:28
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Imortal
No morcegal
Notívago, notívago
A pele necrosada e cinza
Sempre tão triste, solitário e inerte
Imortal
A alma é impura, tudo viu e nada desconhece
Desmorto
Desmorto
Caótico, fadado ao fim
A alma é velha e vazia
Desmorto, sangue imortal
Se alimenta do medo mais banal
Desmorto
Desmorto, no morcegal
Desmorto, desmorto
Desmorto, desmorto
(Imortal... Desmorto, desmorto)
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Systemica São Paulo, Brazil
Selo independente fundado em Junho de 2020 destinado à cena pós-punk nacional e internacional.
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